sábado, 29 de novembro de 2008

Confaternizações e Antigas/Novas discussões

Gente, havia simplesmente perdido meu blog, não sabia voltar pra cá, podem acreditar é esta vida um tanto quanto, analfabite, mas aqui estou e ainda não sei como dizer pra minha amiga Graça, como me encontrar nestas paragens. Na Verdade o que eu queria escrever mesmo é que em meio a encontros com turmas e mais turmas de mestrado para as famosas despedidas de final de ano, estou me superando sem uma gotinha de alcool, eu que julgava impossível aguentar tão terrivel mundo sem nenhum aditivo, obvimente tenho mantido minha cota de micos, não se iludam, sou eu com ou sem alcool.
No penultimo encontro de um dos grupos do mestrado, consegui, cega que sou, ler numa sacolinha cosmético, onde estava escrito qualquer outra coisa, escolher a dita cuja de presente surpresa de amigo invisivel e....PASMEM, poquê eu quando penso fico pasma, fazer a maior cara feia para uma canequinha de papai-noel com uma velinha de bonequinho dentro. Claro que este gesto, o do cara feia, já bastava para me tornar o ser mais malllllllllllll educado do mundo.
Mas isso não seria nada se a canequinha não fosse o presente trazido pela minha orientadora, que obviamente, educadamente, falou pra colega, que roubou, ah sim porquê se podia roubar o presente, "ele combina mais contigo". Evidentemente eu mesma me coloquei na posição nítida de quem não combina com delicadezas, um horrror.
Em fim acabei a noite com uma maravilhosa agenda de 2009 e mais um mico para a coleção.
Estive ontem ouvindo num petit comitê o sociólogo da UNICAMP Luis Carlos de Freitas, marxista ortodoxo, ele acaba de traduzir um livro de um Educador Russo de nome Pistrak, escrito em 1924, anterior a primeira reforma, que se deu em 1931 e que segundo Freitas são as primeiras experiências em educação socialista, o título da obra é A Comuna Escolar, Pistrak e seu grupo trabalham basicamente com duas categorias que me parecem perfeitas para a educação Prática Social e Atualidade, além do conceito de auto-governo que demanda o aprender para si e para o coletivo.
Lá pelas tantas nesta charla eu falei da ditadura socialista e Freitas disse "não é a ditadura que me assusta, porque quando fui torturado em 70 meu torturador disse- é nas revoluções morrem gente- e eu concordo com ele sempre vai ter morte, não da pra sentar com o capitalista e dialogar, pra ocupar terra tem que morrer, no capitalismo se mata todo dia, porque não se pode matar o rico? "
Não sei se concordo com isso, assim deste jeito, mas entendo que a radicalidade tem seu lugar, os contextos dialógicos são inuteis com quem te nadifica, nesta sociedade em que se cria invisibilidade, onde o outro inexiste, ou só existe pro lucro de alguém é ingenuo pensar no diálogo como saída sempre, mas e aí, quem vai pra froint????? EU VOU PREFERIR ESCREVER BLOGS.
Freitas é brilhante, gosto acima de tudo de quem tem postura, de quem defende suas idéias, de quem tem o que dizer, de quem sabe ouvir e de quem reconsidera o dito.
Mas é assim que eu penso as nossas velhas novas problemáticas, tenho percebido que continuamos alimentando um discurso revolucionário, desde que a parte prática seja pro outro,e vamos as festinhas de final de ano.

Um comentário:

Gracita disse...

De dieta amiga? eu não largo o vinho... Olha teu e-mail. Bom findi!