Estamos frequentando a piscina da ABB de coqueiros, o que é neste momento excelente pela praticidade, pois é muito perto de casa e conseguimos proporcionar um lazer muito ao gosto de todos nós, mas especialmente ao gosto do Vini que encontra muitos amigos e gasta energia de forma muito saudável, aproveitamos almoçamos por lá mesmo, a comida do Sobrállia está sempre muito deliciosa e com ótima variedade, entre marreco recheado, ostras gratinadas, paella e um bom bife a cavalo com fritas, feijão e arroz vou equilibrando minha dieta nas saladas com um pouquinho diário destas diversidades.
Como tudo que é coletivo a convivência enseja aprendizagens diárias para todos nós, no último fim de semana no entanto nos vimos diante de um bom dilema ético.
Sempre levamos uma sacola de brinquedo pra onde vamos, o que se revela muito útil em vários sentidos dentre eles a aproximação de crianças com as quais o Vini já tem bem trabalhada a idéia do compartilhamento e sempre rola uma brincadeira legal, com o sabor de fazer amigos novos. Neste sábado no entanto recebemos, como todos os outros sócios, por escrito as regras de convivência na piscina, entre elas constava a proibição de brinquedos na água,exceto as bóias e outros ítens de segurança, o que faz sentido se pensarmos na quantidade e na diversidade nem sempre compatível com o ambiente além dos riscos de contaminação. Explicamos pro Vini, que pareceu compreender perfeitamente.
Lá pelas tantas, um garoto lindinho de uns 10 anos aproximadamente estava com um porta aviões, repleto de aviões, brincando muito tranquilo e feliz na água. Os olhos do Vini brilharam e ele foi pra borda namorar o brinquedo e a brincadeira, até que não resistiu e pegou um aviãozinho, que o menino logo recuperou, até aí beleza.
Passado uns 3 minutos o Aderbal me mostra o Vini, eis a cena, está em pé com o papel, aquele das regras na mão explicando para um adulto próximo ao menino do porta aviões, que é proibido brinquedo na água, que são as regras e bla,bla,bla.
Não tive dúvidas fui lá busquei meu carinha pela mão e perguntei porquê ele estava reivindicando o cumprimento da regra? o que o motivava? não estaria ele indignado por estar com inveja do menino? e ele "claro mãe eu queria era brincar". Conversei legal com ele, sobre a diferença de ser crítico, de buscar valer direitos e de agir assim motivado por mesquinharia, tão comum em tantas relações, gente que se esconde no discurso da cidadania só por não suportar ver o outro feliz.
Não pensem que foi tranquilo pra mim, um lado queria se orgulhar de ver o menino crítico reivindicando, o outro não pode deixar de perguntar motivado porque exatamente????
Ainda tem outro dilema, porque o pai viu e ao invés de agir me mostrou? e porque tão prontamente fui resolver como se fosse de minha exclusiva competência fazê-lo?
Os dilemas da vida em família num típico domingo de sol e cabeça fresca.

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